segunda-feira, 16 de abril de 2007

Festival Isnard Azevedo

O jornal A Notícia traz reportagem sobre o sucesso do festival Isnard Azevedo.
O festival tem outro nome agora, ou ninguém notou?
É Floripa Teatro ,bem grande, para esconder o nome , o nome de seu criador,vai lá em baixo ,bem pequeno ,no escondido do logotipo.
Será, porque Isnard Azevedo era gay e não escondia,ou não era de uma família "NOBRE" da ilha?
Até que durou muito tempo o nome dele no festival, até agora.
Para o município adotar esta idéia e" botá-la para cima"seria nescessário , é claro,limpar a coisa.
Isto significa tirar o nome do seu criador,porque as pessoas podem querer saber um pouco mais sobre quem foi Isnard , e chegariam a saber de sua sexualidade,confundindo então esta ,com a cidade e suas famílias de tão nobre tradição e costumes.
Para isso,algo importante em nome da cultura deveria ser feito ,algo primordial, então surgiu nas cabeças pensantes e atualizadas com o mundo de hoje ,a idéia, fenomenal, e que mostra a cara da cidade ,da cultura e da "nossa gente"que lida com isso em Florianópolis.
Tirar o nome do criador Isnard Azevedo, e colocar quase invisível em algum lugar escondido ,deixando maior o FLORIPA TEATRO.Agora sim ,todos concordaram,foi um passo em direção ao futuro.É a cultura aí geeente!!!
E para o pessoal do teatro que ainda traduz texto estrangeiro para o português e achando isso moderno,ou se borram e não tem coragem de dizer o que pensam, ou não pensam,e só sabem buscar em Mário Quintana para parecer culto ,o importante é continuar a farça.
Foi ridícula esta edição do festival ,como foram todas as outras,ou como qualquer coisa nesta cidade.
Na época em que Isnard estava vivo e geria,era diferente.Parecia que rolava mesmo um clima de interesse ,que não esse de agora
Nas poucas vezes que conversamos ,ele falava de coração,de alma ,com paixão sobre algo que
nascia naturalmente nele,por prazer,um prazer um pouco mais elevado.
Hoje o festival se parece com a velha chacota dos tempos de agora.
Tudo é vazio,mas dá lucro.
Aqui ainda se tem medo destas coisas. OHH...Meu Deus...ele é gay?Então apaga o nome.
Roubam a idéia e quase apagam o nome do "rapaz".
Me diga se há cultura descente num festival de TEATRO que quase apaga o nome de seu criador porque ele era gay.No máximo é cultura homofóbica, o nome deveria ser :Festival Homofóbico Anti -cultural de Floripa,típico,coisa de analfas sociais.
Imagina,como se o mundo não estivesse pronto para tal coisa.
Mas aqui é Floripa,é Santa Catarina,vocês sabem como é,ou não?
E as peças então , me desculpe .
As idéias foram de ruborizar quem se interessa por novidades culturais.
a palavra cultural, aqui, virou sinônimo de burrice.
E as seções malditas deviam ser um negócio tipo Xuxa Park,aliás Xuxa Park era bem melhor.
Ai daquele que que falasse demais sobre o estado,do estabelecido,das coisas que realmente fedem na sociedade humana,imagina,nada ,tudo peça pra criança de oito anos,mas nem criança de oito anos gosta mais disso,elas querem mais.
E os adultos lotaram o teatro da Ubro ,num fingimento que só vendo.
Seção Maldita,ah ah ah ah ás onze horas,não pelo conteúdo.
Era só o que faltava!!!
Dizem que o festival estava no fundo do poço e veio à tona com sucesso nesta edição. Eu sei qual é o sucesso deles!!!
A mídia faz o que quer , e faz bem feito,e cria a realidade que lhe convém.
E o povo do outro lado ,até os "anarquistas",fingem com ela o vazio de suas idéias.
O Festival de Teatro Isnard Azevedo morreu,está enterrado .
E renasce como Floripa Teatro ,mais limpo,mais descente e culturalmente morto.
Parabens Florianópolis ,a Suíça Brasileira!!!


.......................................................................................................................................






Nenhum comentário:

Postar um comentário

***** COMENTA :